A injecção de 348,3 milhões de euros nas contas da RTP pelo Estado permitiu que o subsector das empresas públicas reclassificadas (EPR) – aquelas que agora entram nas contas do Estado – fechasse os dois primeiros meses do ano com um contributo positivo para as contas públicas.
Sem esta injecção na RTP, as EPR não teriam fechado o período de Janeiro e Fevereiro com um saldo positivo de 89,2 milhões de euros, conforme foi divulgado pelo boletim de execução orçamental divulgado terça-feira, mas sim com um saldo negativo de 259 milhões de euros para o défice – o governo estima que as EPR tenham um impacto negativo nas contas públicas de 1,2 mil milhões de euros ao longo de 2012.
Conforme explica a Direcção–Geral do Orçamento (DGO) ao longo do boletim, “o saldo global das EPR é explicado essencialmente pelo contributo da Rádio e Televisão de Portugal, decorrente da transferência de capital proveniente do Orçamento do Estado para a amortização de passivos financeiros”. [Ler mais]
in: Jornal i, 22 Março 2012