Trailer: “Elton John é o cantor-compositor de sucesso com a carreira mais longa de todos os tempos. São sete décadas – até agora – de uma vida extraordinária pautada por constantes altos e baixos. Agora, na primeira pessoa e com a habitual frontalidade e bom humor, Elton John partilha a sua história – todos os momentos, dos mais hilariantes aos mais comoventes. Reginald Dwight era um miúdo tímido, de Pinner, nos subúrbios de Londres, com uma relação conturbada com os pais, que adorava música e sonhava ser uma estrela pop. Tinha 23 anos quando deu o primeiro concerto nos EUA: com umas jardineiras amarelas, uma T-shirt às estrelas e botas com asas deixou uma imensa plateia absolutamente deslumbrada. Elton John tinha chegado e o mundo da música nunca mais seria o mesmo.”
Uma autobiografia despretensiosa, honesta e sobretudo bem disposta de um homem que viveu 40 vidas, cada uma delas mais interessante que a anterior, e dominou a cena musical nos anos 70, 80, 90 e 2000s, privando com quase todos os grandes nomes dessas épocas, como Bowie, Lennon, Mercury, George Michael ou Rod Stewart, só para citar alguns — artistas que também ficamos a conhecer um pouco melhor vendo-os pela perspectiva de Elton John.
O caminho trilhado na descoberta da sua própria música, sexualidade, solidariedade, parentalidade, ou dos seus limites, mas também o autodiagnóstico da pessoa que é e que foi, e o olhar sobre os pequenos acasos que o colocaram no local certo e na hora certa, são apenas alguns dos pontos fortes deste livro.
Sem autocensuras, pelo menos aparentemente, este é um livro que nos faz sentir como se estivéssemos a beber um café com o Elton John enquanto nos conta a história da(s) sua(s) vida(s). Vale muito a pena.
Avaliação: 8/10