Novo Banco quer reduzir quadros em 250 a 350 trabalhadores. Cerca de 200 sairão por reforma antecipada e os restantes através de rescisões voluntárias
in: Dinheiro Vivo, 21 fevereiro 2017
O Novo Banco quer reduzir os quadros de pessoal na atividade doméstica em 250 a 350 pessoas, num total que dependerá da quantidade de colaboradores que aderirem ao programa de rescisões amigáveis que a instituição vai abrir. Além da redução de pessoal, o Novo Banco vai ainda encerrar 60 balcões em Portugal nos próximos meses.
Segundo avançou António Ramalho aos representantes dos trabalhadores da instituição, estes são objetivos do plano de reestruturação para atingir ainda durante o primeiro semestre deste ano, disse Rui Geraldes, coordenador da comissão nacional de trabalhadores do Novo Banco, ao Dinheiro Vivo.
Nas reuniões que a administração do banco está a realizar esta tarde com os sindicatos, Ramalho voltou a garantir aos trabalhadores da instituição que não irá avançar com despedimentos coletivos, tendo até ido de encontro à posição já há meses defendida pelos trabalhadores do banco, de que novas reduções deveriam passar ou por reformas antecipadas ou por um programa voluntário de rescisões amigáveis.
“É a posição que sempre defendemos e que Stock da Cunha [ex-CEO do Novo Banco] nunca quis ouvir. Agora, a Comissão Nacional de Trabalhadores foi ouvida”, referiu Rui Geraldes ao DV.
Desta forma, a administração do Novo Banco pretende que cerca de 200 saídas ocorram por via de reformas antecipadas e que até 150 surjam do programa voluntário para rescisões amigáveis.
De acordo com os últimos números oficiais do Novo Banco, entre setembro de 2015 e setembro do ano passado 940 pessoas perderam o emprego na atividade doméstica do banco e outras 376 nas atividades internacionais. No final de setembro de 2016, o Novo Banco contava com 5 714 trabalhadores em Portugal e apenas 418 na atividade internacional, tendo na altura uma rede de 556 balcões no país.