O Elevador da Glória, o segundo a surgir em Lisboa, depois do Elevador do Lavra (Abril de 1884), começou a ser construído em 1883 tendo sido inaugurado a 24 de Outubro de 1885. O avanço da obra levou a alguns protestos por alguma da população local, como “o dono de um picadeiro vizinho que, temendo que o bulício das obras prejudicasse o sistema nervoso dos seus cavalos, tentou por todos os meios ao seu alcance impedir a sua realização”, conforme dá conta Jaime Fragoso de Almeida, em “Elevadores, Ascensores e Funiculares de Portugal”.

“Se os elevadores de Lisboa tivessem alcunha, o da Calçada da Glória seria sem dúvida o ‘Desejado’. Na verdade, tornava-se urgente arranjar um transporte que estabelecesse a ligação entre a zona baixa de Lisboa e S. Pedro de Alcântara e Bairro Alto, ou seja, unir dois dos pontos mais importantes da capital”, acrescenta o mesmo autor.

“Vencidos os problemas mencionados e os outros, sempre habituais, provocados pelos atrasos na entrega de materiais, avarias, etc…, chegou finalmente o dia de 24 de Outubro de 1885, a almejada data da inauguração! Par o povo de Lisboa, o elevador como meio de transporte, não era propriamente uma novidade (…) mas, mesmo assim, os curiosos por estas coisas acudiram em grande número, dispersando-se ao longo das grades do jardim de S. Pedro.”

Anualmente transporta cerca de 1,2 milhões de pessoas no percurso de 275 metros e cuja inclinação atinge os 18% percorridos em cerca de dois minutos. Foi electrificado em 1914, ganhando então o aspecto que ainda hoje lhe reconhecemos. Porém, e se viajássemos para o período entre 1885 e 1914, encontraríamos este Glória:

Desenho de J. Cristiano, in “O Ocidente”, 11 Novembro 1855

Informações úteis sobre Elevador da Glória:

Percurso: Praça dos Restauradores – S. Pedro de Alcântara (Bairro Alto)

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Nome : Filipe Paiva Cardoso || E-mail: paiva.cardoso@gmail.com || Formação --> Mestrando em História Antiga; Licenciatura em História; Licenciatura em Comunicação Social || Publicações académicas: “Temístocles: Apogeu e Ostracismo. As duas faces da mesma moeda”, em: http://revistas.ufpr.br/clio/article/view/43610 ; [Recensão a] Adele Reinhartz (2013), “Bible and Cinema – An Introduction”, em: https://impactum.uc.pt/en/node/121187 || Outras formações: Atelier de Imprensa pelo Cenjor, Curso “As Revoluções Contemporâneas: do século XVIII a 1917“ || Experiência profissional: Jornalista no semanário “O Independente”; Jornalista no “Jornal de Negócios”; Jornalista no “Jornal i”; Jornalista no “Dinheiro Vivo”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Notícias”; Adjunto no gabinete da secretaria de Estado da Indústria; Jornalista no “Eco – Economia Online“ Ver todos os artigos por fpcardoso