“Temos a certeza que muitos pilotos, sensibilizados pelo momento, irão pensar no cliente, no nosso passageiro, na empresa, e virão voar”, disse o presidente da TAP
Presidente da TAP acredita que a companhia aérea vai ter uma operação superior à prevista nos serviços mínimos hoje decretados, já que espera que muitos pilotos não adiram à paralisação. Fernando Pinto apelou esta tarde à “consciência individual” de cada piloto para não aderirem à greve de 10 dias convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil. “Temos a certeza que muitos pilotos, sensibilizados pelo momento, irão pensar no cliente, no nosso passageiro, na empresa, e virão voar”, avançou esta tarde Fernando Pinto, assegurando já ter “a confirmação de pilotos” que não vão aderir à greve de 1 a 10 de Maio.
Segundo Fernando Pinto, a TAP ao longo da última semana realizou vários encontros com cerca de 450 pilotos da companhia aérea, quase metade. Estes encontros chegaram a dar esperança a Fernando Pinto que a greve fosse desconvocada, ideia que todavia perdeu no final da sexta-feira, quando o SPAC comunicou que não iria recuar. “Logo, a partir desta segunda-feira as nossas energias já estão voltadas para a operação no período de greve”, acrescentou.
Em relação às exigências do sindicato dos pilotos, Fernando Pinto recordou que a questão da reposição das diuturnidades não depende da empresa, já que responde a uma lei do Orçamento do Estado. Já sobre o acordo de 1999, que o SPAC considera dar aos pilotos direito a uma fatia de 10% a 20% da empresa, o presidente da companhia detalhou que tal acordo, a ser oficial, apenas abrangeria 190 dos quase 1000 pilotos do grupo TAP.
O líder da transportadora aérea levantou ainda dúvidas sobre a qualidade das informações que foram transmitidas pelo SPAC aos pilotos, informações essas que a TAP procurou esclarecer e detalhar melhor nas reuniões tidas com vários pilotos ao longo da última semana.
in: Ionline, 27 Abril 2015