Além dos grandes, mais seis clubes estiveram presentes em todas as edições da Liga a 16 neste milénio. Nacional foi o mais regular
FC Porto, Benfica e Sporting, por esta ordem, asseguraram os três primeiros lugares no pódio de total de pontos conseguidos nas oito épocas em que a liga se disputou entre 16 clubes desde a última redução – o FC Porto fecha este período com 580 pontos em 720 possíveis, o Benfica com 537 e o Sporting com 453. Mas além dos três grandes, outros seis clubes marcaram presença no escalão maior do futebol português desde 2006/2007: V. Setúbal, Académica, Marítimo, Sp. Braga, Nacional e Paços.
Entre estes seis clubes, apenas um conseguiu fechar este ciclo no futebol português com mais de 50% dos pontos possíveis: o Sp. Braga, que nas últimas oito épocas acumulou um total de 409 pontos, 56,8% dos que estiveram em disputa desde 2006/07 – compara com os 62,9% do SCP, 74,6% do SLB e 80,6% do FCP. O Sp. Braga viveu em 2013/14 a sua pior época das últimas oito temporadas, sendo preciso recuar a 2007/08 para ver os bracarenses com uma pontuação próxima dos 37 pontos deste ano, tendo fechado então o campeonato com 41 pontos.
Também o Paços de Ferreira viveu o seu annus horribilis esta temporada: Os 24 pontos com que a equipa da capital do móvel fechou a temporada quase custaram a permanência no escalão maior, mas acabaram por não fazer grande diferença na tabela classificativa das oito temporadas: dos nove clubes que foram totalistas, o Paços de Ferreira ficou em 7.o, graças aos 286 pontos acumulados, 39,7% do total.
É viajando até à ilha da Madeira que encontramos a maior rivalidade acumulada dos últimos oito anos: Nacional e Marítimo bateram-se taco-a-taco pelo título de maior clube madeirense, com vantagem para o Nacional, que acumulou 336 pontos (46,7%) nestas temporadas com 16 clubes, contra os 320 (44,4%) do Marítimo. Nestes oito anos, só por três vezes o Marítimo conseguiu ficar à frente dos rivais, culpa da regularidade que o Nacional tem conseguido impor: nos últimos quatro anos os alvinegros variaram entre os 42 e os 45 pontos – ver em baixo -, conseguindo uma estabilidade que permitiu ao clube consolidar-se como a 5ª potência do futebol português nas últimas temporadas, independentemente dos altos e baixos anuais dos seus mais directos adversários.
Cabe à Académica e ao V. Setúbal os dois lugares mais baixos entre os nove clubes totalistas deste período iniciado em 2006. Estudantes e sadinos acumularam 254 e 249 pontos, respectivamente, no período, cabendo-lhes a 8.a e 9.a posição neste ranking Destaque final para o V. Guimarães, ausente do grupo, já que falhou a primeira das oito edições da liga com 16 clubes. Ainda assim bastaram sete anos para os vimaranenses acumularem 295 pontos, suficiente para superar os registos de Paços, Académica e V. Setúbal em oito temporadas.
in: Jornal i, 31 Maio 2014