A TAP fechou o primeiro trimestre do ano com uma quota a rondar os 45,6% dos passageiros nos quatro maiores aeroportos nacionais – Lisboa, Porto, Faro e Funchal –, segundo cálculos do i tendo por base os dados ontem revelados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
A quota da TAP entre Janeiro e Março mostra que a companhia alargou a distância que a separa das maiores low cost em Portugal, que conseguiram pouco mais de 27% de quota nestes aeroportos no período. No primeiro trimestre de 2011, a quota da TAP rondava os 43,8% ao passo que a das low costs roçava os 30%. Os cálculos do i cruzam o total de passageiros por aeroporto com as quotas de cada companhia em cada infra-estrutura, conforme os dados avançados pelo regulador. As low costs consideradas são a easyJet, Ryanair, Monarch, Transavia, Air berlin e Thomsonfly.
Segundo os dados do INAC, a TAP conseguiu 61% do total de passageiros que passaram pela Portela entre Janeiro e Março deste ano, o maior valor desde que o INAC começou a compilar estes dados, no início de 2009. No primeiro trimestre de 2011, a TAP tinha 59% de quota na Portela. Já a maior rival da TAP em Lisboa, a easyJet, perdeu um ponto de quota, passando dos 10% do início de 2011 para 9%. Os dados mostram ainda que a Portela registou 3,03 milhões de passageiros até Março, +5,4%.
Já no Porto, a evolução foi diferente. No primeiro trimestre do ano a TAP registou 29% de quota, valor que compara com os 30% dos primeiros meses de 2011. Também a Ryanair, líder neste aeroporto, viu a quota a deteriorar-se de 40% para 38% e a easyJet passou de 13% para 14%. Quanto ao tráfego total do aeroporto, os dados mostram uma subida de 0,7%, para 1,2 milhões de passageiros.
A evoluir em sentido oposto no primeiro trimestre estiveram os aeroportos do Funchal e de Faro, com quedas de 8,3% e de 0,1% na procura em comparação com o início de 2011. Apesar disso, na Madeira a TAP reforçou o seu peso – com 36% de quota contra os anteriores 34% –, à imagem da principal rival, a easyJet, que assegurou 17% de quota. A explicar a quebra na Madeira, avança o INAC, está sobretudo “o fim das operações da SATA Internacional na rota Lisboa/Funchal”.
Já em Faro, onde se registaram perto de 600 mil passageiros entre Janeiro e Março, tanto a Ryanair como a easyJet perderam quota – de 32% para 27% no caso da Ryanair e de 26% para 23% no caso da easyJet –, tendo a TAP aproveitado e fechado o trimestre com 8% dos passageiros em Faro, contra os 6% com que contava no primeiro trimestre de 2011.
in: Jornal i, 11 Maio 2012