Recensão: ADELE REINHARTZ (2013), Bible and Cinema – An Introduction. New York, Routledge, 286 pp.

Recensão publicada no nº 26 (2017) da revista “Cadmo – Revista de História Antiga”, do Centro de História da Universidade de Lisboa, aqui.

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Professora do Departamento de Estudos Clássicos e Religiosos da Universidade de Ottawa, no Canadá, tendo como áreas de especialização o “Novo Testamento”, as “relações iniciais judaicocristãs” ou a “Bíblia e o Cinema”, Adele Reinhartz é também editora-chefe da Journal of Biblical Literature. Com uma vasta lista de livros e artigos dedicados a estes temas, foi com base na obra anterior e na sua experiência de Professora que publicou este Bible and Cinema, título a que corretamente apensou An Introduction.

Além das opções tomadas ao nível do conteúdo, também a forma por que optou na construção do livro evidencia a influência que a sala de aula teve na publicação, que aposta numa lista de tópicos alargada, privilegiando a apresentação das várias vias que os estudos da receção da Bíblia podem seguir. Este é um livro que serve como uma introdução alargada, qual cadeira de preparação, onde a (feliz) escolha de apresentar as notas e respetiva bibliografia no final de cada capítulo reforça a impressão de estarmos a seguir aulas mais do que a ler um livro – facilitando a tarefa a quem desejar aprofundar um determinado tópico.

O livro de Adele Reinhartz propõe levar-nos por uma viagem introdutória e vasta desde os primórdios do cinema (final do séc. XIX) até às mais recentes produções à data do livro, passando por uma imensa quantidade de filmes que, de uma forma ou de outra, são incontornáveis na análise às diferentes roupagens e aproveitamentos bíblicos feitos pelo grande ecrã. A A. porém, não se limita às produções incontornáveis, abordando também filmes que à primeira vista não julgaríamos que entrassem neste conjunto de obras.

As páginas que nos chegam às mãos, escritas de forma simples e bastante fluida, fáceis de acompanhar, mais do que cumprem o objetivo a que Reinhartz se propõe, num livro que não sendo excessivamente exaustivo em focos particulares é muito eficaz. Talvez por essa razão, o livro surge não só com uma introdução geral (pp. 1-13) como com introduções-síntese a abrir cada capítulo, apresentando os traços gerais dos temas abordados. E apesar de se iniciar nos primórdios do cinema, o ângulo do livro não se limita à verticalidade do tempo, avançando também pela horizontalidade do espaço, já que apesar do domínio da produção cinematográfica por parte dos EUA, também a receção da Bíblia pelo cinema inglês, italiano ou canadiano, entre outros, são tidos em conta. Mas… (…). [Continuar a ler]

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