Portugal fechou as contas do ano passado com um défice de 7,7 mil milhões de euros e mais de 8,5 mil milhões de euros gastos em juros
O Instituto Nacional de Estatística (INE) enviou ao Eurostat uma revisão das contas portugueses no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos, contas inicialmente enviadas a 26 de Março último. “A revisão incidiu sobre resultados relativos a 2014, alterando o saldo das administrações públicas de -7,8 mil milhões para -7,7 mil milhões”, uma ligeira redução mas sem efeitos no peso relativo do défice face ao PIB, que se mantém em -4,5%. Apesar de se tratar de uma revisão das contas, ainda não foi desta que foi conhecido o impacto da capitalização do Novo Banco no bolso dos contribuintes.
“Os resultados respeitantes a 2014 mantêm uma natureza provisória. Recorde, não existe ainda informação suficiente para o registo definitivo da capitalização do Novo Banco”, refere o INE a este propósito.
Segundo os números enviados pelo organismo estatístico português à congénere europeia, o défice português possível de apurar para 2014 foi de 7,716 mil milhões de euros, contra os 8,18 mil milhões de 2013. Já a dívida pública situa-se nos 225,28 mil milhões de euros, quase seis mil milhões de euros acima do registo do final de 2013. Já a despesa da administração pública em formação bruta de capital fico continuou em queda, baixando para menos de 3,5 mil milhões de euros, evolução que contrasta com os juros pagos pelo Estado, que em 2014 chegaram aos 8,58 mil milhões de euros. O produto interno bruto português fechou 2014 avaliado em 173 mil milhões de euros.
Segundo o INE, as revisões agora feitas às contas “determinaram uma melhoria no saldo das Administrações Públicas de 105,4 milhões de euros em 2014 que, contudo, se manteve em -4,5% do PIB”, resultados que “mantêm uma natureza provisória nomeadamente porque não existe ainda informação suficiente para o registo definitivo da capitalização do Novo Banco”. O Eurostat irá nas próximas semanas compilar os dados das contas nacionais de todos os estados membros para apreciação e divulgação oficial.
in: Ionline, 17 Abril 2015