Como a época é de rapar o tacho, o executivo avançou com a sua versão 2.0. Depois do estrondoso sucesso que foi a versão 1.0 “os fins justificam os meios por isso vamos bater em doentes, grávidas e reformados”, chegou a hora do “pagam os justos pelos pecadores”. O governo avançou com taxas sobre toners, DVD, fax, impressoras, smartphones, rotativas e até contra os copy-paste e passwords que guardamos no computador – porque as copiamos de cada vez que queremos ir a um site. Faz tudo muito sentido, porque qualquer um que compre um destes aparelhos é um criminoso – mas não daqueles da banca, esses são muito dignos. Tudo isto para “defender os direitos dos autores”. Porém, em relação a coisas como controlar os números das editoras que vendem 3 000 livros mas que dizem ao autor que apenas venderam 30, já nada se faz.
in: Jornal i, 23 Agosto 2014
