FMI. Governo não ataca rendas, logo tem de castigar o trabalho

Decisão do governo de evitar atacar rendas  excessivas obrigou  a ataque cerrado e  exagerado ao trabalho
Se as rendas excessivas pagas nos sectores da energia e nas infra-estruturas de transportes tivessem sido justamente visadas pela austeridade, Portugal teria evitado impor “um fardo excessivamente pesado ao mercado laboral”. A conclusão do Fundo Monetário Internacional surge apenas na recta final do programa de ajustamento, mas, diria a sabedoria popular, antes tarde que nunca. Oproblema é que o mercado português já não vai voltar ao que era.
“É preciso resolver a persistência das rendas no sector dos não transaccionáveis para melhorar o potencial de crescimento da economia e a sua competitividade”, reflecte o FMIno relatório da 10.a avaliação, ontem conhecido. “Neste aspecto as prioridades devem incluir áreas cruciais para a competitividade externa, como a energia e as infra-estruturas de transportes. Na ausência dessas reformas, “um fardo excessivamente pesado recairá no mercado laboral”. A previsão do FMI é também aplicável ao passado, já que o ataque às rendas excessivas é uma das reformas pedidas pela troika desde que chegou em 2011.
Assim, e como desde 2011 as rendas de empresas maioritariamente monopolistas não foram atacadas, isso obrigou a que as melhorias na produtividade fossem atacadas unicamente pelo lado dos salários. Segundo os cálculos do Fundo, “e desde o pico em 2009”, “os custos unitários do trabalho em Portugal já caíram 5,5%”.
in: Jornal i, 20 Fevereiro 2013
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