Correios. Sindicato quer salário mínimo específico para o sector

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) defende a criação de um ordenado mínimo específico para o sector postal, como forma de contrariar a tendência que dizem se irá impor nesta actividade após a liberalização total da actividade dos correios em Portugal. Victor Narciso, secretário-geral do SNTCT, defendeu esta ideia durante um fórum que decorreu na última semana com trabalhadores dos CTT, onde salientou que o ordenado mais baixo praticado por esta empresa rondava os 550 euros – valor que compara com o salário mínimo nacional, actualmente nos 485 euros.

Ao longo da sua intervenção, Victor Narciso sublinhou que diversos estudos sobre a liberalização total deste sector noutros países mostram que as empresas que entram no mercado tentam fazer concorrência sobretudo via preço, esmagando os ordenados médios do sector com a contratação de trabalhadores com salários baixos. Além disso, como estes novos concorrentes se colocam apenas nas franjas de mercado mais atraentes, acabam por forçar um movimento salarial semelhante no incumbente – no caso português, os CTT –, obrigado a servir todos os mercados, rentáveis ou não, e perdendo margens nos segmentos mais lucrativos. [Ler mais]