Nos dois primeiros meses deste ano registaram-se 973 insolvências em Portugal, um crescimento de 47,8% face aos 658 processos deste género identificados em Janeiro e Fevereiro do ano passado. Culpa da crise, da contracção no consumo, de mais desemprego e da perda de poder de compra dos residentes em Portugal. As indústrias alimentares, as empresas de actividades especializadas de construção, a restauração e as actividades imobiliárias foram os sectores que mais sofreram com a crise galopante no início de 2012, segundo dados relativos ao período entre 1 de Janeiro a 29 de Fevereiro, recolhidos pelo Observatório de Empresas para o Instituto Informador Comercial (IIC), que regista diariamente os anúncios de acção de insolvência publicados em Diário de República.
Para além destes sectores, há a destacar o aumento das insolvências em áreas que até hoje registavam taxas reduzidas destes processos. Exemplo disso é a actividade de reparação de computadores, que nos anos de 2009 a 2011 não registou mais de seis destes processos anuais, e que só nos primeiros meses deste ano já registou três insolvências – em Janeiro e Fevereiro dos anos anteriores não tinha registado qualquer insolvência. Outro exemplo encontra-se nas actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão, cujas insolvências dispararam 900% em Janeiro e Fevereiro, para dez casos. [Ler mais]
in: Jornal i, 1 Março 2012