O governo, através do Ministério da Agricultura, considera que algumas práticas levadas a cabo pela Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, e pela Sonae, dona do Continente, “deixam muito a desejar quanto à sua aceitabilidade, e não contribuem para criar o ambiente negocial [entre fornecedores e cadeias de distribuição] mais propício”.
Em causa está o pedido destas cadeias de que os fornecedores financiem parte dos descontos concedidos aos clientes dos super ou hipermercados. A Sonae convidou os fornecedores a comparticipar em 25% uma promoção de queijos e agora a Jerónimo Martins pediu aos fornecedores que assumam um desconto de 10% nos produtos vendidos em Outubro, Novembro e Dezembro, apesar dos contratos existentes. Segundo o PCP, que apresentou os dois casos ao ministério, tais práticas, apesar de surgirem como convites, configuram “cobranças coercivas aos fornecedores” por parte das duas gigantes da distribuição. [Ler mais]
in: Jornal i, 1 Novembro 2011