Uma reunião de avanços e recuos constantes, que arrancou logo pela manhã.Ora estava o acordo “praticamente concluído”, ora voltava tudo atrás. Pelo meio um rodopio de convidados surpresa para falar com responsáveis do Ministério das Obras Públicas.Na recta final, entre as 18h e as 19h30, novo retrocesso. Afinal é um “acordo” ou uma “base de entendimento” o nome que se dá ao resultado das oito horas de reunião entre o ministro das Obras Públicas, e a direcção da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias (Antram)? Para se ter “fumo branco” nesta questão, só um telefonema a José Sócrates resolvia. Pois que haja acordo.“Um problema com a impressora” chegou a ser evocado para justificar o impasse de hora e meia para a discussão semântica entre o Governo e Antram. No total foram 12 os pontos – ver em detalhe – a que o Executivo cedeu como forma de amenizar o impacto dos combustíveis das transportadoras de mercadorias e para tentar acabar com a paralisação dos camionistas, que à hora de fecho desta edição ainda discutiam a continuação ou não do protesto. Mas até se chegar lá aconteceu de tudo um pouco… [Parte 1] [Parte 2]
in: Jornal de Negócios, 12 Junho 2008